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Olá, você está no blog dos casais da Igreja de Cristo na Aldeota, esperamos que você e sua família sejam edificados com nossos textos

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O lugar onde quero viver




Você sabe qual é a condição básica para a formação de uma nova família? Você pode dizer: que as pessoas se amem, que sejam dedicados, que se tratem bem, que sejam carinhosos, etc. Pois eu quero dizer-lhe que é possível pessoas que se amam, que se tratam bem, que são carinhosos entre si, não conseguirem formar uma nova família. Sabe o porquê? Porque não conseguiram abandonar a família antiga.
A Bíblia diz: Por essa razão o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher e eles serão, ambos, uma só carne (Gênesis 2:24).
O amor é essencial para que as pessoas se aproximem, e se encontrem, e desejem ficar juntas. O carinho, o tratar-se bem, é essencial para que elas mantenham o amor, mas, para formar uma nova família é preciso que elas tenham se libertado da relação anterior; que elas tenham amadurecido a ponto de deixar pai e mãe. Quantos e quantos casais que se amam, e que se tratam com carinho, e que se querem bem, não conseguem sustentar a sua vida familiar, pelo simples fato de que não conseguiram romper com a casa paterna. E é preciso romper. Romper, não significa passar para um situação de desrespeito, ou e desprezo em relação aos pais, mas significa assumir a autonomia em relação a sua vida. Deus, um dia, chama um casal para formar um outro clã, um outro núcleo familiar: e isso significa abandonar o núcleo anterior.
Se antes você, moço, estava submisso ao chefe da casa, que era seu pai, agora você é o chefe de uma nova casa, e essa casa agora é a sua prioridade. Se antes você moça, devia obediência ao seu pai, agora você se relaciona com o seu marido. É com ele agora que você discute a vida e é com ele que você a decide. Tem de haver o rompimento.
Quando o marido ou a mulher está sempre voltando para a casa paterna para avaliar o seu casamento, seja como for: reclamando ou simplesmente relatando o que acontece de forma indiscriminada, está condenando a sua casa a desabar.
A nova família tem de nascer de um alicerce próprio. Os pais certamente terão legado aos filhos: estrutura, princípios, valores, fé; mas, quando os filhos são convocados, pela vida e por Deus, a formarem uma nova família, eles têm de levar dos pais os princípios, os valores e a fé que receberam, mas têm de construir a sua casa a partir de um alicerce novo, um alicerce construído a dois. É uma nova história que se está escrevendo, uma nova página que se está lendo, uma nova estrutura que se está construindo. Há lugar para amor aos pais, lugar para a saudade, mas não há mais lugar para dependência. É assim que a Bíblia diz.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Nó e o Ninho


“Não é a família em si que nossos contemporâneos recusam, mas o modelo excessivamente rígido e normativo que assumiu no século XIX. Eles rejeitam o nó, não o ninho. A casa é, cada vez mais, o centro da existência. O lar oferece, num mundo duro, um abrigo, uma proteção, um pouco de calor humano. O que eles desejam é conciliar as vantagens da solidariedade familiar e as da liberdade individual, tateando, esboçam novos modelos de famílias, mais igualitárias nas relações de sexos e idades, mais flexíveis em suas temporalidades e em seus componentes, menos sujeitas à regra e mais ao desejo. O que se gostaria de conversar da família, no terceiro milênio, são os aspectos positivos: a solidariedade, a fraternidade, a ajuda mútua os laços de afeto e o amor. Belo sonho.”
Michele Perrot

“(...) Família hoje é muito mais uma unidade de referencia, um lugar, seja o “lar”, a “casa”, o “domicilio”, o ponto focal, onde se possa desfrutar do sentido de pertencer, onde se possa experimentar a sensação de segurança afetiva e emocional, onde se possa ser alguém para outro, apesar das condições adversas e mesmo independente das relações de parentesco, consangüinidade, estrutura e composição.
Algo que possa ser pensado como local de retorno, o destino mais certo. Local para refazer-se das humilhações sofridas no mundo externo, expandir a agressividade reprimida, exercitar o autocontrole, repreender, vencer o outro, enfim, sentir-se parte integrante.”
UNICEF- Pesquisa “Tendências Atuais da Família da Criança e do adolescente em Situação de Risco em Fortaleza, 1998.”