Sejam bem vindos!

Olá, você está no blog dos casais da Igreja de Cristo na Aldeota, esperamos que você e sua família sejam edificados com nossos textos

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Amor em Quatro Tempos


Acredito que o casamento é um processo. Nesse processo, quero destacar quatro fases que por sua natureza e características são marcantes na relação matrimonial. Para ilustrar cada uma dessas fases utilizarei imagens que nos ajudarão na compreensão de cada uma delas.
O Banco da Praça e a Lua
O Banco da Praça e a Lua é a primeira imagem que utilizo para falarmos sobre a primeira das quatro fases do casamento. Ela fala da fase inicial do casamento: o namoro. Essa fase do casamento é marcada pelo romance, a paixão, o desejo. Queremos pertencer e estar sempre ao lado do outro. Oferecemos ao outro o melhor do nosso ser e reprimimos em nós tudo aquilo que possa nos depreciar diante do outro. Alimentamos a idéia do homem e da mulher perfeita. A princípio nada de errado há nisso. Porém, devemos estar cientes de que essa exagerada propaganda das nossas qualidades e a omissão dos nossos defeitos não se manterá por muito tempo, e principalmente, gerará no outro um intenso sentimento de expectativa. Essa Expectativa gerada no outro, quando não atendida se tornará num sério problema. Portanto, busque habilmente apresentar ao outro suas limitações e defeitos e esforce-se ao máximo para atender as expectativas possíveis, pois não importa quanto tempo temos de casamento, nosso cônjuge sempre estará esperando a concretização das expectativas que geramos nele.
O Futebol e a Novela
O futebol e a novela é a segunda imagem que utilizaremos para nos lembrar de outra fase do casamento: o pós lua de mel. Os primeiros anos do casamento, amenizado o êxtase do romance inicial, trarão consigo um momento de tensão. É o momento em que marido e mulher, se sentido mais a vontade dentro da relação, se mostrarão plenamente nas suas individualidades, revelando seus gostos pessoais, suas preferências, suas exigências. Nesse momento somos quem somos e por vezes somos tendenciosos a querer que o outro se adéqüe a nós. Se esse momento não for devidamente tratado deixaremos que muitas dificuldades se instalem no nosso casamento. Portanto, entenda esse momento como momento de ajustes, e lembre-se: todo ajuste provoca atritos. Mas saiba que atritos são apenas resultados de ajustes necessários e vitais para a manutenção de um casamento saudável e duradouro.
O Berço e a Cama
O berço e a cama é a imagem que nos falará da fase do casamento que revelará um misto de alegria e preocupação: o nascimento dos filhos. Brinco que a vida a dois nunca foi uma dificuldade prá mim, porém a vida a três, a quatro (depende do número de filhos que você tenha) me trouxe sérias preocupações, a despeito da alegria de se ter um filho. O fato é que a vinda dos filhos de imediato gerará uma divisão. Primeiro divide-se o espaço geográfico, pois nos primeiros dias de vida o quarto que outrora era domínio exclusivo do casal agora se adequará para receber um novo habitante. Empurra a cama prá um lado, outros móveis para outro lado, de maneira que o berço se torne o lugar central do quarto. Sem problemas. O problema aparecerá quando verificarmos que o espaço físico não foi a única coisa dividida, mas também a atenção, o tempo, o carinho. Já não se tem uma mulher só sua. É preciso entender que esse momento, muito mais do que uma divisão, nos trouxe uma multiplicação de papéis. Antes era só marido e mulher, agora é papai e mamãe. Alguns casais tem tido dificuldades por que priorizaram os filhos em detrimento do cônjuge. Mas, basta um pouco de compreensão, amor e organização e todos na família terão suas expectativas atendidas
O Feijão e o Sonho
Esta quarta imagem vai falar da fase do casamento em que as preocupações pela manutenção da casa, a realização profissional, as obrigações familiares, as atividades do dia assumirão alto grau de prioridade que deixará em segundo lugar o primordial: a relação a dois, o namoro, o carinho e atenção que todo casamento faz prescindir. Portanto, quando o corre corre do dia, a rotina e frieza estiver se instalando no seu casamento, não esqueça: é tempo de voltar ao banco da praça e olhar a lua de mãos dadas novamente.


Pr. Mano Góis.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O lugar onde quero viver




Você sabe qual é a condição básica para a formação de uma nova família? Você pode dizer: que as pessoas se amem, que sejam dedicados, que se tratem bem, que sejam carinhosos, etc. Pois eu quero dizer-lhe que é possível pessoas que se amam, que se tratam bem, que são carinhosos entre si, não conseguirem formar uma nova família. Sabe o porquê? Porque não conseguiram abandonar a família antiga.
A Bíblia diz: Por essa razão o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher e eles serão, ambos, uma só carne (Gênesis 2:24).
O amor é essencial para que as pessoas se aproximem, e se encontrem, e desejem ficar juntas. O carinho, o tratar-se bem, é essencial para que elas mantenham o amor, mas, para formar uma nova família é preciso que elas tenham se libertado da relação anterior; que elas tenham amadurecido a ponto de deixar pai e mãe. Quantos e quantos casais que se amam, e que se tratam com carinho, e que se querem bem, não conseguem sustentar a sua vida familiar, pelo simples fato de que não conseguiram romper com a casa paterna. E é preciso romper. Romper, não significa passar para um situação de desrespeito, ou e desprezo em relação aos pais, mas significa assumir a autonomia em relação a sua vida. Deus, um dia, chama um casal para formar um outro clã, um outro núcleo familiar: e isso significa abandonar o núcleo anterior.
Se antes você, moço, estava submisso ao chefe da casa, que era seu pai, agora você é o chefe de uma nova casa, e essa casa agora é a sua prioridade. Se antes você moça, devia obediência ao seu pai, agora você se relaciona com o seu marido. É com ele agora que você discute a vida e é com ele que você a decide. Tem de haver o rompimento.
Quando o marido ou a mulher está sempre voltando para a casa paterna para avaliar o seu casamento, seja como for: reclamando ou simplesmente relatando o que acontece de forma indiscriminada, está condenando a sua casa a desabar.
A nova família tem de nascer de um alicerce próprio. Os pais certamente terão legado aos filhos: estrutura, princípios, valores, fé; mas, quando os filhos são convocados, pela vida e por Deus, a formarem uma nova família, eles têm de levar dos pais os princípios, os valores e a fé que receberam, mas têm de construir a sua casa a partir de um alicerce novo, um alicerce construído a dois. É uma nova história que se está escrevendo, uma nova página que se está lendo, uma nova estrutura que se está construindo. Há lugar para amor aos pais, lugar para a saudade, mas não há mais lugar para dependência. É assim que a Bíblia diz.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Nó e o Ninho


“Não é a família em si que nossos contemporâneos recusam, mas o modelo excessivamente rígido e normativo que assumiu no século XIX. Eles rejeitam o nó, não o ninho. A casa é, cada vez mais, o centro da existência. O lar oferece, num mundo duro, um abrigo, uma proteção, um pouco de calor humano. O que eles desejam é conciliar as vantagens da solidariedade familiar e as da liberdade individual, tateando, esboçam novos modelos de famílias, mais igualitárias nas relações de sexos e idades, mais flexíveis em suas temporalidades e em seus componentes, menos sujeitas à regra e mais ao desejo. O que se gostaria de conversar da família, no terceiro milênio, são os aspectos positivos: a solidariedade, a fraternidade, a ajuda mútua os laços de afeto e o amor. Belo sonho.”
Michele Perrot

“(...) Família hoje é muito mais uma unidade de referencia, um lugar, seja o “lar”, a “casa”, o “domicilio”, o ponto focal, onde se possa desfrutar do sentido de pertencer, onde se possa experimentar a sensação de segurança afetiva e emocional, onde se possa ser alguém para outro, apesar das condições adversas e mesmo independente das relações de parentesco, consangüinidade, estrutura e composição.
Algo que possa ser pensado como local de retorno, o destino mais certo. Local para refazer-se das humilhações sofridas no mundo externo, expandir a agressividade reprimida, exercitar o autocontrole, repreender, vencer o outro, enfim, sentir-se parte integrante.”
UNICEF- Pesquisa “Tendências Atuais da Família da Criança e do adolescente em Situação de Risco em Fortaleza, 1998.”